terça-feira, 13 de março de 2012

Amazônia Perdida - 6º dia

Despertamos com o som ambiente da corredeira do rio Autana. Saíamos da churuata, choça onde estão penduradas as nossas redes de dormir, para a primeira e deslumbrante imagem matinal. As serras Wichu, Uripika, Kuawai e Paraquia estão iluminadas pelo sol que acaba de nascer. Kuawai é o nome em dialeto Piaroa da serra Autana, aquela da árvore da vida. Montes cercados por mata selvagem. Imagem digna de um quadro. Única e que vai ficar para sempre gravada em nossas memórias.

Tudo lindo, mas é hora de partir. Vamos voltar para a boca do Autana e ao rio Sipapo e procurar personagens nesta Amazônia Perdida. É! Não encontramos ninguém. As águas imensas estão desertas. Não podemos perder o dia de trabalho. Vamos revelar nossa tripulação. Serão eles os personagens. Gregório Velasquez Bueno, o Goyo, é o guia  que faz de tudo a bordo; Cláudio Kamani Navarro Beltran é o marinheiro; Yusta Calderon, a cozinheira; e Jorge Guevarra é o capitão que conduz o bongo.

A cozinheira prepara o almoço a bordo do bongo.


Raios, trovões, tempestade. Temos que parar e proteger os equipamentos eletrônicos. Chuva a qualquer momento é normal na Amazônia. Interrompemos a viagem. Desembarcamos na comunidade Pedra de Tonina onde vivem nove famílias, sessenta e nove índios Piaroa. Moralez, o chefe, libera um rancho. Nossa equipe instala as redes. A tripulação vai dormir a bordo do bongo.

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