domingo, 18 de março de 2012

Amazônia Perdida - 11º. dia

A aldeia está vazia. Os curripaco saíram muito cedo para as suas roças. Hoje é aniversário de Goyo. Mais tarde vamos comemorar com cuba libre e rum com água de coco.

Partimos logo e paramos na comunidade Bela Vista para trocar o tambor de gasolina do bongo. Aproveitamos para lavar roupa e tomar banho no rio.

Seguimos pelo Orinoco até a comunidade Cejal onde vivem 192 Yanomami. Uma família está em festa comemorando a boa caça. Estão yopiando. Yopiando? O que é isso? Eles secam, maceram, torram e moem a semente da árvore Yopo. O pó marrom, utilizado via narinas, é alucinógeno. Dizem que serve para limpar o organismo e a alma. Gostaríamos de gravar a reunião familiar, mas eles querem dinheiro. Aprenderam com os brancos que tudo tem seu preço. Como estaremos em outra comunidade Yanomami, com mais tempo para o trabalho, desistimos de gravar mais imagens do ritual. Já temos algumas para contar histórias e esperamos encontrar outro igual pela frente.

Família yanomami no rio Manipitari.


Fim de tarde. Aportamos em Tamatama, município de Alto Orinoco. Os militares do posto de controle da Guarda Nacional são acolhedores. Permitem nosso pouso e a utilização tomadas para recarregarmos as baterias dos nossos equipamentos enquanto o gerador estiver ligado, até às dez da noite. Após o jantar caímos na rede.




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